Dificuldades com o reembolso e problemas com a inscrição/adesão são os principais motivos de queixa dos consumidores! O Portal da Queixa identificou uma subida significativa do número de reclamações relacionadas com o Autovoucher. Entre 28 de fevereiro e 6 de março, o número de queixas disparou 69% comparativamente com a semana anterior. Dificuldades com o reembolso e problemas com a inscrição/adesão são os principais motivos de queixa dos consumidores.
Esta segunda-feira, o subsídio mensal de cinco euros do Autovoucher passa a ser de 20 euros para colmatar a forte subida do preço dos combustíveis no bolso dos consumidores. A medida foi anunciada pelo Governo, na sexta-feira passada, de modo a mitigar o impacto do aumento do preço petróleo, agravado pela atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Nos últimos dias, a maior movimentação gerada pelos contribuintes no site do IVAucher - mesma plataforma que gere o Autovouvher -, resultou na intensificação das reclamações registadas no Portal da Queixa dirigidas à SaltPay, a operadora responsável pela gestão do programa.
Segundo a análise da maior rede social de consumidores, entre 28 de fevereiro e 6 de março, o número de queixas disparou 69% comparativamente com a semana anterior. Em apenas dois dias (5 e 6 de março), as reclamações dirigidas à operadora SaltPay representam 29% do total de queixas verificado desde o início do ano.
Entre os principais motivos de reclamação dos portugueses estão as dificuldades com o reembolso, problemas com a inscrição no programa e na adesão ao Autovoucher, condição necessária para aceder ao apoio e usufruir do desconto.
Rafael Carlos é um dos consumidores que refere ter-se deparado com “erros” na sua inscrição: “Quando chega a parte se receber o SMS de confirmação, o mesmo não chega e mesmo que que se carregue para reenviar dá erro.”
João Braz é um dos consumidores que aderiu ao programa Autovoucher e que alega nunca ter recebido qualquer reembolso desde que a medida entrou em vigor. O contribuinte partilhou a sua experiência no Portal da Queixa: “Apesar de ter aderido ao Autovoucher e ter abastecido sempre em postos aderentes desde dezembro de 2021, nunca me foi devolvido qualquer valor. De notar que fiz sempre os pagamentos na integra com o meu cartão de multibanco, e que na plataforma SaltPay (IVAucher) constam dois benefícios de 10€ que nunca me foram creditados.”
Também o consumidor António Sérgio denuncia na sua reclamação nunca ter recebido nenhum reembolso do Governo. “Desde janeiro deste ano de 2022, ainda não recebi qualquer reembolso referente ao Autovoucher, confesso que só ontem dia 05 de Março ao aceder ao site para ver as transações devido ao aumento do valor a reembolsar, verifiquei para minha estupefação que nenhum pagamento tinha sido efetuado, sendo que sempre abasteci em postos de combustíveis aderentes e sempre com o meu cartão multibanco associado ao meu número de contribuinte e que sempre funcionou até Janeiro de 2022, seja no Auto voucher seja no IVaucher.”
Indignado com os problemas que enfrentou na plataforma do IVAucher, Mário Aráujo é mais um dos consumidores que apresenta uma reclamação contra a SaltPay, empresa privada de pagamentos que gere o site. “Acho lamentável o site do governo ivaucher.pt, desenvolvido pela SaltPay ainda apresentar formulário de inscrição, mas não permitir essa inscrição à data atual (inscrições até 21 de Dezembro de 2021). Após várias tentativas, lá encontrei um comentário numa rede social aonde falavam da origem do problema. Resta-me concluir que o ivaucher.pt apesar de ser um serviço público, gerido por uma empresa privada, é apenas mais um instrumento político enganador.”
Para fazer face à situação de
emergência social que assola a Ucrânia, a Missão Continente está
a organizar uma recolha de fundos por todo o país, através das
lojas de várias marcas, de 04 a 27 de março, num esforço conjunto
com a Cruz Vermelha Portuguesa e a Federação Internacional das
Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que integra a
maior rede humanitária do mundo e coordena o socorro internacional
prestado pelas sociedades nacionais às vítimas de catástrofes. Pela primeira vez, a Missão
Continente alarga a sua campanha a outras marcas da MC e grupo Sonae:
a iniciativa ‘Missão de Apoio à Ucrânia’ decorre nas lojas
Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia, Continente Online,
Meu Super, Go Natural, Bagga, Wells, Dr. Well´s, note!, ZU, Home
Story e MO de todo o país, através da venda de vales de 1€ ou 5€.
Todo o valor recolhido será doado
ao Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa, dando resposta
às necessidades da população ucraniana identificadas no terreno,
com todo o tipo de material que for necessário (como tendas, mantas,
alimentos e medicamentos), bem como aos refugiados que, entretanto,
chegarem a Portugal (com roupa, alimentos e medicamentos).
A Missão Continente inicia esta
campanha de emergência com um donativo de 50 mil euros que juntará
ao valor angariado nas lojas.
“Perante a grave crise que
está a assolar a Europa, a Missão Continente não pode ficar
indiferente e reuniu esforços para, numa resposta imediata, criar
condições de apoio ao povo ucraniano. Através da parceria com a
Cruz Vermelha Portuguesa e a Federação Internacional das Sociedades
da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho confiamos na solidariedade
dos portugueses para que o apoio chegue aos que mais precisam nas
zonas fronteiriças da Ucrânia e no nosso país aquando da chegada
dos refugiados” refere José Fortunato, Presidente da Missão
Continente.
“A Cruz Vermelha Portuguesa
está, em coordenação com o Comité e com a Federação
Internacional da Cruz Vermelha, a construir para dar respostas às
vítimas do conflito. Nesta fase, o importante é garantir as
condições financeiras para que as equipas no terreno possam cumprir
a sua missão. A generosidade dos portugueses tem sido, uma vez mais,
comovente. Bem como das empresas que lançam iniciativas, como esta
da Missão Continente, que dão corpo à sua missão de
responsabilidade social. Esta campanha surge na hora certa e estamos
certos de que os portugueses vão, novamente, dizer presente. A
todos, desde já, muito obrigada”, afirma Ana Jorge, Presidente
da Cruz Vermelha Portuguesa.
O Fundo de Emergência da Cruz
Vermelha Portuguesa existe para financiar a resposta de emergência a
catástrofes, desastres e a outras situações excecionais,
permitindo levar os recursos e a ajuda necessária, de forma rápida
e eficiente, junto das pessoas que têm a sua a vida, saúde ou
dignidade ameaçadas. Desta forma, estão aptos para distribuir
alimentação adequada, fornecer água potável, instalar sistemas de
higiene e saneamento básico e abrigo temporário, bem como prestar
cuidados médicos, incluindo apoio psicológico, na sequência de uma
catástrofe. E, depois de a ameaça passar, dar o apoio necessário
na reabilitação das pessoas e comunidades afetadas. A ação
humanitária do Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa é
neutra, imparcial e apoia as pessoas mais vulneráveis.
A Missão Continente tem estado
sempre na linha da frente na resposta a situações de emergência
que assolam as populações, organizando campanhas de abrangência e
impacto nacional como “Nunca Desistir” e “Todos por Todos”
aquando da crise pandémica no país, e mais recentemente a campanha
“Luzes com Presença” de combate à solidão e isolamento social,
sempre em estreita colaboração com vários parceiros de atuação
local e nacional.