Comemoram-se cinco séculos da concessão do Foral à Vila de Ançã por El Rey D. Manuel I. Será neste sábado, dia 28 de junho, num programa que engloba uma exposição alusiva à homenagem numa das salas no rés-do-chão que, na época, fazia parte da Câmara Municipal de Ançã, e que é atualmente pertença da Philarmónica de Ançã, e uma conferência onde serão oradores João Paulo Oliveira e Costa da Universidade Nova de Lisboa que nos falará de D. Manuel I, e Maria Alegria Fernandes Marques da Universidade de Coimbra que desenvolverá o tema 500 anos do foral manuelino de Ançã. Segue-se a tarde, com o Foral de Ançã reencontrado por Roger Lee de Jesus, da Universidade de Coimbra, seguindo-se ao final da tarde uma visita guiada à mesma exposição, a qual ficará patente ao público também no dia seguinte.
O Foral era fundamentalmente um documento régio que tinha por finalidade estabelecer e regular a administração de um concelho, concedendo-lhe deveres e privilégios, determinando os seus limites o que se tornava fundamental para a fixação das populações e do seu posterior desenvolvimento. Apesar de no dia 12 de dezembro de 1371 D.Fernando I ter assinado em Tentúgal a concessão do 1º foral a Ançã, no século XVI a mando de D. Manuel I, é nomeada uma comissão para recolher todos os antigos forais para a sua consequente reformulação, os quais ficaram conhecidos por “Forais Novos”, tendo o de Ançã sido assinado no dia 28 de junho de 1514.
Considerando que é um acontecimento e uma data que não pode ficar no esquecimento, o Município de Cantanhede, a Junta de Freguesia de Ançã o Grupo de Teatro Novo Rumo, através da sua Secção de Património com a colaboração da família Reis Camelo e de outros defensores do burgo, decidiram elaborar condignamente esta efeméride de forma a que a memória histórica desta secular Vila de Ançã não se esfume no tempo, e para memória e orgulho de todos e em especial dos ançanenses.
(Texto enviado por Francisco M. Relva Pereira)
(Texto enviado por Francisco M. Relva Pereira)
