terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Livro de poemas “Silêncios” do aveirense Filipe Marinheiro

“Silêncios”, editado pela Chiado Editora, e que chegou em dezembro às livrarias, apresenta 270 poemas inéditos em 378 páginas. Em desdobramentos melancólicos entre poesia em prosa e verso, a realidade poética é uma densa complexificação que devora o universo e é, ao mesmo tempo, devorada por ele. 
“Silêncios”, que foi apresentado em Aveiro e em Lisboa, é uma coletiva itinerante que reúne o lançamento da segunda obra poética homónima de Filipe Marinheiro, pela Chiado Editora, e uma exposição de pintura de Rosa Rufino. 
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A minha cabeça pensa em todas as cabeças é sombriamente

todas as outras cabeças, entranham-se, entram umas nas

outras, na minha! – inquieto-me, estremeço, esmago-me,

imortalizo-me tornando vidente tudo o que mexe...
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Uma vez
atei lençóis ferrugentos

aos membros lisos

da claridade daquele céu tatuado,

como deslizava lasso ao longo

da corrente sanguínea

de um qualquer envenenamento.

Após sobrepostas vibrações

retalharem a sombra da minha fechadura.

São terríveis os afectos.

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